Editorial

Olhar por eles

Celebrado nesta quinta-feira, o Dia das Crianças, embora data comercial, deve ser dedicado também à reflexão sobre o mundo que estamos deixando para eles. Se Pelotas já adotou a ideia de ser a cidade das crianças, uma belíssima iniciativa, a realidade que a gente vê no dia a dia não é bem assim. Passa pela falta de estrutura básica em tantos e tantos pontos que o caminho a percorrer parece ser longo. Felizmente, a expectativa é que a política pública voltada a eles seja permanente.

Nos próximos dias, o leitor vai ler matérias sobre educação, que estão sendo produzidas pela nossa reportagem. Passam por problemas como falta de vagas e de estrutura - essa última, bastante citada nas últimas semanas, tanto na rede municipal quanto estadual. Hoje também vê na página 8 que os índices de vacinação não são os ideais. Fora isso, o que se vê também é ainda baixa estrutura para brincar em segurança em espaços públicos, por exemplo.

Se muito ainda se tem a avançar, o positivo é sabermos que ao menos isso está sendo pensado, mesmo que embrionariamente. Um outro índice favorável, que o leitor do DP deve perceber, é que não são comuns os registros de violência ou exploração infantil por aqui. Ainda assim, há que se manter vigilante para que a falta de registros não seja causada pela não-percepção das situações, mas sim pela não-ocorrência delas.

Mas nem só ao poder público devem ser feitas as cobranças por um mundo melhor para a criançada. Educação vem de casa, e não da escola, e o exemplo dado por pais, mães e parentes próximos é o que fica na formação do caráter e das percepções dos pequenos. Portanto, a forma como os adultos agem e se expressam na presença deles deve ser sempre pensada. Criança absorve o ambiente que convivem e isso deve ser pensado a cada segundo. Eles são pequenas maquininhas de replicação.

Que esse Dia das Crianças seja repleto de alegrias, reflexões e ideias para que um dia a gente possa bater no peito declarar que somos, de fato, a cidade das crianças, com educação de qualidade, acesso a saúde, a lazer e longe da violência. Por enquanto, caminhamos todos juntos para que consigamos ser!


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